HUBERTO ROHDEN |
Quando o homem consegue romper a invisível barreira
que medeia entre a conhecida zona da consciência do homem profano e a zona
ignota do homem sacro; e quando, após esse passo decisivo, olha para trás, para
o plano do seu velho ego superado - todas as coisas que, outrora, formavam o
cobiçado alvo da sua desenfreada caça cotidiana desmaiam, como a luz da lua e
das estrelas noturnas ante o vitorioso avanço do sol matutino. Esse homem sabe
que acordou, finalmente, dum longo sono e sonho de 30, 50, 80 anos, e entrou no
mundo da grande vigília, iluminado pela luz da Realidade Integral.
E o seu desejo é habitar eternamente nesse mundo da Verdade e Beatitude. Como Pedro, no Tabor, quer erguer aqui a sua "tenda" e nunca mais voltar às ruidosas e imundas baixadas do mundo profano dos homens e dos demônios.
E se esta for a sua missão peculiar, não desça do Tabor; mantenha-se em ininterrupta adoração de Deus, e envie ao mundo lá embaixo as vibrações da sua mística anônima, na certeza de que essas vibrações atuam a qualquer distância, penetram qualquer obstáculo e põem em movimento todos os receptores longínquos devidamente sintonizados pela invisível emissora. Uma vez plenamente redento, será ele redentor para seus irmãos sedentos de redenção, se, todavia, for outro o caminho da sua missão terrestre, se tiver de regressar, externamente, ao mundo imundo das profanidades, a fim de ajudar a seus irmãos, regresse corajosamente ao meio dos ruídos impuros - mas leve consigo a sua silenciosa pureza e, como a luz, não permita a menor contaminação ou contágio das trevas. "A luz, brilha nas trevas - e as trevas não a prenderam”.
Imunizado pela experiência na zona da Divindade volta o homem redento ao meio dos irredentos como redento e redentor.
E o seu desejo é habitar eternamente nesse mundo da Verdade e Beatitude. Como Pedro, no Tabor, quer erguer aqui a sua "tenda" e nunca mais voltar às ruidosas e imundas baixadas do mundo profano dos homens e dos demônios.
E se esta for a sua missão peculiar, não desça do Tabor; mantenha-se em ininterrupta adoração de Deus, e envie ao mundo lá embaixo as vibrações da sua mística anônima, na certeza de que essas vibrações atuam a qualquer distância, penetram qualquer obstáculo e põem em movimento todos os receptores longínquos devidamente sintonizados pela invisível emissora. Uma vez plenamente redento, será ele redentor para seus irmãos sedentos de redenção, se, todavia, for outro o caminho da sua missão terrestre, se tiver de regressar, externamente, ao mundo imundo das profanidades, a fim de ajudar a seus irmãos, regresse corajosamente ao meio dos ruídos impuros - mas leve consigo a sua silenciosa pureza e, como a luz, não permita a menor contaminação ou contágio das trevas. "A luz, brilha nas trevas - e as trevas não a prenderam”.
Imunizado pela experiência na zona da Divindade volta o homem redento ao meio dos irredentos como redento e redentor.
(A
Grande Libertação, Huberto Rohden, Editora Martin Claret, São Paulo, 1990)
Resumo Biográfico:Huberto Rohden (São Lourença, 31 de dezembro de 1893 — São Paulo, 7 de outubro de 1981) foi um filósofo, educador e teólogo catarinense, radicado
Precursor do espiritualismo universalista, escreveu
mais de 100 obras (ao final da vida, condensadas em 65 livros), onde franqueou
leitura ecumênica de temáticas espirituais e abordagem espiritualista de
questões pertinentes à Pedagogia, Ciência e Filosofia, enfatizando o autoconhecimento,
auto-educação e a auto-realização. Propositor da filosofia univérsica, por meio da qual
defendia a harmonia cósmica e a cosmocracia: autogoverno
pelas leis éticas universais, conexão do ser humano com a consciência coletiva
do universo e florescimento da essência divina do indivíduo, reconhecendo que
deve assumir as conseqüências dos atos e buscar a reforma íntima, sem atribuir
à autoridade eclesiástica o poder de eliminar os débitos morais do fiel.
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