O
homem é, na essência divina do seu Ser, antes de existir na
existência humana do seu agir. A essência divina da alma vem de Deus; a
existência humana vem dos nossos pais e da natureza. A alma é uma emanação
individual da Divindade Universal; o corpo material é apenas uma geração
transitória.
Quando
o homem morre, depois de haver vivido corretamente, imortaliza também o seu
corpo, não a matéria, mas a substância imaterial do seu corpo. As cinco árvores
do seu paraíso são os cinco sentidos.
Até
as pedras e a natureza toda servirão espontaneamente ao homem que se
cristificar totalmente; a hostilidade entre a natureza e o homem começou com o
despertamento do ego mental, e terminará com o despertamento do seu Eu
espiritual. A natureza toda é amiga de Deus, e amiga também do homem
divinizado, como mostra a vida de certos homens altamente espiritualizados,
como a de Francisco de Assis, e sobretudo do próprio Jesus.
O Yogue se reconstrói a partir do Nada. |
Comentário do Blog –
ATMAN: Verificamos que os
textos do Quinto Evangelho, de Tomé, se entrelaçam numa paisagem continua, de
significado único.
Quando se fala de ser antes de existir, fala-se da própria
eternidade da essência Divina, que passou a existir através do homem, a sua
principal creatura.
Uma creatura potencial creadora.
Potencial porque terá que desenvolver suas aptidões a partir do
nada. Do nada, passar a crear coisas e crear, principalmente, a si próprio.
No início do processo creativo ele se descrea, torna-se
inconsciente de seu potencial, para depois iniciar uma caminha de recreação, de
religação com a sua Fonte, depois de tê-la negado veementemente.
O Quinto Evangelho parece uma serpente que morde o próprio rabo,
numa busca constante de si própria, mas sem nenhuma noção do que está fazendo,
ou mesmo sem noção de que nada pode fazer.
Mas para poderem continuar a pensar que fazem, não podem ter, ao
mesmo tempo, a noção de que não podem nada fazer, posto que sem consciência do
que são, nem desconfiam de que nada há para ser feito.
Tudo já está feito, a única tarefa é: abdicar da consciência e,
em seguida, readquiri-la.
Nem suspeitamos disso. Mas é nisso que se baseia toda a jornada
da antítese Divina, manifestada através do plano físico.
Pelo texto acima, percebemos, ainda, que a Divindade está
perceptível aos nossos sentidos, através da sua creação, dai podermos ter a
sensação nítida de que estamos no seu seio, ou seja no seio da Natureza Divina,
pois foi dela que viemos e é para ela que voltaremos.
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