Toda
a creatura que teve princípio também terá fim. Não existe creatura imortal.
Imortal é só o Creador, o Infinito, o Eterno, o Absoluto.
Mas
a creatura humana, embora não seja imortal, é imortalizável, pode tornar-se
imortal. Quando o homem atinge o zênite da intuição e conscientiza que “Eu e o
Pai somos um”, que há uma única essência em todas as existências, em mim e em
Deus, então a existência da creatura se imortaliza e se integra na essência do
Creador.
Esta
imortalização da creatura imortalizável é o supremo destino do homem aqui na
terra; este homem não provará a morte, porque superou a morte pela vida. Aqui
na terra começa o processo da imortalização, para culminar em outras regiões do
Universo, porque “na casa do Pai celeste há muitas moradas”.
O Mito de Prometeu representa bem o 18o. Texto. |
O plano de manifestação, percebido por nós, apesar de impossível
de existir na Verdade, se
apresenta aos nossos sentidos, como uma peça teatral,
muito convincente, dentro do próprio Creador.
A ilusão da antítese se faz presente no processo como forma de
deixar inexorável a existência plena do Creador na eternidade, como Verdade
suprema indivisível, improvável, onipotente, onisciente e onipresente.
É o nosso destino, já atingido plenamente, posto que, para
chegar ao Fim, nem precisamos sair do Início. Tal ligação é plena, eternamente,
desde o sempre.
Esta alegoria da qual falamos é o plano da dualidade,
necessário, mesmo sem existir, na verdade.
Uma ilusão criada, pelo próprio Creador, que manifesta esta
impossibilidade, dentro de Si Próprio, para ser o Alpha e o Ômega eternos.
A pergunta dos apóstolos se deu, por conta de fazê-la, com suas
mentes concretas, posto que não haviam, ainda, experimentado o êxtase de serem
unos com o Creador.
Eram 12 (doze) porque 12 (doze) são as tarefas necessárias, para
retornarmos à iluminação, do ponto onde, atualmente, estamos.
Assim como 12 (doze) são as pétalas de nosso chacra cardíaco.
Pétalas a serem trabalhadas equilibradas para que possamos sintonizar a
Verdade, através da energia do Amor.
Assim, também, como o Arcano Doze, do Tarot, O Enforcado
simboliza a aquisição de nosso livre arbítrio criador, ferramenta primordial
nas nossas tarefas no plano físico. Ao roubar o fogo dos deuses e doá-lo à
humanidade, Prometeu simboliza o caído que se doa e nos doa a sua própria
consciência, para que cumpríssemos nossa tarefa de negar e falhar, a Fonte de
nós mesmos.
Doze também foram, ou são, os trabalhos de Héracles ou Hércules,
no seu caminho para refazer sua ligação com a imortalidade. Por sinal, depois
de seu último trabalho, já liberto, empenha-se, com sucesso, na libertação do
próprio Prometeu, de suas correntes e de seu martírio.
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