Comentário (Huberto Rohden):
Repetidas vezes, nos quatro Evangelhos, Jesus
disse: “Procurai e achareis...” também, em outros documentos, encontramos a insistência
no procurar: “Quem procura, não desista até que ache e, depois de achar ficará
estupefato, e, maravilhado, achará o Reino, e, depois de achá-lo, terá o
domínio sobre o Universo”.
A vida do ego humano é como a periferia de uma roda
a girar, quanto mais no exterior, tanto maior é o movimento e menor a força,
mas quando o homem entra no eixo da roda, cessa o movimento, porque no centro
há força sem movimento, energia tranquila. Na periferia há quantidade no tempo
e no espaço, no centro há qualidade no Eterno e no Infinito. Vida empírico-analítica
lá fora - vida intuitiva, cá dentro.
Procura rumo à periferia, acaba em morte. Procurar
rumo ao centro, leva à vida. E esse procurar se torna tanto mais intenso,
quanto mais o homem se aproxima do centro. Ele sofre e goza a sua procura. Tanto
mais procura quanto mais acha. Só quando é totalmente, deixa de sofrer. Mas,
enquanto não atingir o centro de si mesmo, o eixo central de seu Ser, admira-se
de que procurar a verdade seja um misto de gozo e sofrimento. Entretanto, esse
homem prefere gozar sofrendo a gozar
gozando, porque sente que este é o caminho certo.
Se não fosse potencialmente Deus, não poderia
atualmente encontrar Deus. O homem só pode procurar explicitamente o que ele é
implicitamente. “Se o olho não fosse solar, jamais poderia ver o sol”. (Goethe)
São Jerônimo cita uma palavra de Jesus, talvez
tirada do Evangelho de Tomé: “Há uma
estupefação que leva à morte – e há uma estupefação que leva à vida”.
O homem, sempre satisfeito consigo, ou ainda não
soletrou o abc do ego, ou já ultrapassou este ego e repousa no Eu. A transição
do ego para o Eu é envolta em estupefação e admiração, porque vai em demanda de
um novo mundo desconhecido. Mas, uma vez que o homem entre nesse mundo
desconhecido de Deus, terá domínio sobre o Universo.
Comentário do Blog (ATMAN): Enquanto egos, a busca é sempre o caminho. Os
encontros intemediários e as conclusões apressadas, não são o fim,
embora, muitas vezes, nos pareçam que são. A persistência é o cajado de
apoio na caminhada e quanto mais é flexível, mais dura e permanece, mais nos impulsiona para frente e mais nos apoia nos trechos adversos do caminho. Um cajado pode ser uma idéia, uma lembrança, um sentimento ou, mesmo, um amigo. O importante é que, seja qual for a direção que estejamos seguindo,
que ela nos leve para o centro. O centro de nós mesmos. E lá, só
chegamos sozinhos, porque no nosso centro só nós podemos entrar e quando
entramos, encontramos o pondo focal de nossa origem. Encontramos a Fonte que nos gerou. A Fonte é inominável e idefinível, por sua Onipotência, Oniciência e Onipreseça. Descobrimos, ainda, que nunca saimos Dela, apenas
experimentamos um exílio de consciência, assim como a antítese tem que
negar a Tese, para ambas se transformarem na Síntese. A antítese não pode negar a Tese em sua presença, apenas fora Dela. Mas como a Tese, também, é Onipresente, Onisciente e Onipotente, todo processo da polariadade ocorre num plano de exílio de consciência, ou seja num plano de ilusão. Este plano é chamado de plano de Maya. Dai, nossa busca ser uma busca pela reaquisição de cosnciência do que em verdade nós Somos, tendo passado pela ilusão da inconsciência de nosso próprio Ser.
Um comentário:
Não desisto de procurar e sei que vou encontrar!!!rs ego Cris em direção a atman iluminada!!!!rs
bjs, meu querido
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