A
mística divina atuará em forma de ética humana; o despertamento da consciência
divina transbordará como vivência humana. O Reino de dentro será
necessariamente o Reino de fora.
Autoconhecimento
é a raiz de toda a auto realização. Onde falta a raiz vertical não podem
expandir-se os ramos horizontais.
O
agir ético é uma consequência inevitável do ser místico.
Comentário do Blog –
ATMAN: Embora a parábola
seja necessária ao primeiro contato com esta afirmação de Jesus, com o tempo e
meditando Nela, podemos perceber e inferir a importância de nos encontrarmos
dentro de nós mesmos. Esta busca interior, que só se faz em “solitude” (*), sem ninguém a nos
acompanhar, nos permite, à medida que avançamos, perceber que também somos o
que está fora, sem separação alguma. É uma descoberta individual que nos
permite participar do Todo, mesmo que o todo profano não perceba isto, ainda.
Enquanto ainda não percebe que ele próprio faz parte da energia
criadora, a única maneira de estar no rumo de si mesmo é ter a Fé como
ferramenta e companheira, na sua jornada. Transitar de forma equilibrada e
cooperativa, no “mundo das quantidades”, ou plano físico, é o começo da jornada
para o encontro interior. Um homem que chega a se encontrar, se ilumina e,
igualmente, ilumina muitos outros à sua volta, mas a Luz Dele, não pode fazer o
trabalho dos outros, apenas indicar a direção, assim como Jesus fez,
inicialmente, com os apóstolos e estes prosseguiram fazendo com a humanidade. A
despeito desse maravilhoso trabalho, o despreparo da maioria não permitiu
manter esta Luz acesa, na percepção geral de todos. A solidez de nossas
consciências embotadas, pelo apego à matéria, não permitiu que a Luz
disponibilizada nos permeasse, criando sombra e trevas em nossas vidas, por
muitos séculos. Mas como a evolução se dá de maneira cíclica, devemos
experimentar treva e Luz, antes de encontrar o equilíbrio e decidir permanecer
Nele.
(*) Solitude: Ato
de estar só, mas consigo mesmo e em plenitude. A língua portuguesa não faz esta
diferença, porém, no meio esotérico, esta palavra é usada para designar um
estado de plenitude dentro da própria individualidade, sem a presença de
agentes externos.
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