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terça-feira, 4 de junho de 2013

10 – DISSE JESUS: EU LANCEI FOGO SOBRE A TERRA – E EIS QUE O VIGIO ATÉ QUE ARDA.


O texto dos outros evangelistas difere ligeiramente, mas o sentido é o mesmo
Em todo ser humano existe esse fogo divino; existe em estado latente, dormente, potencial, em forma de brasa, por assim dizer. Depende do livre arbítrio de cada um transformar em viva chama a brasa dormente e não permitir que ele continue apenas como brasa, ou até se apague totalmente. O flamejar do fogo potencial em fogo atual, como aconteceu no primeiro Pentecostes, depende de cada homem. As circunstâncias externas podem, certamente, dificultar ou facilitar esse rompimento do fogo; mas nenhuma circunstância pode impedir a atuação da substância interna.

O Uno do Universo, o Creador, creou imensa variedade no mundo do Verso, ou das creaturas. Além de creaturas apenas creadas, há algumas creaturas creativas, como o homem aqui na terra. Estas creaturas creativas podem e devem tornar-se melhores do que o Creador as fez, como ilustra maravilhosamente a parábola dos talentos. O homem não deve devolver ao Creador apenas o que dele recebeu, mas deve duplicar com a sua creatividade o talento que recebeu, deve transformar em atualidade a potencialidade recebida; se assim fizer, será “servo bom e fiel”; se não o fizer, será “servo mau e preguiçoso”, e perderá até a potencialidade creativa que recebera, perdendo a sua natureza humana; a brasa, em vez de flamejar, se extinguirá.

As leis cósmicas não permitem estagnação, que, cedo ou tarde, acabará em involução; as leis cósmicas exigem imperiosamente evolução, exigem que a brasa da creatividade potencial deflagre em chama viva de creatividade atual.

Diz o texto do Evangelho de Tomé que o fogo potencial no homem é “vigiado” pelo Cristo até que deflagre em viva chama. É este o Cristo interno presente em cada homem, que deve manifestar-se, como aconteceu em Jesus de Nazaré. 




Comentário do Blog – ATMAN: Aqui temos dois aspectos importantes no processo evolutivo, o primeiro é que temos um potencial interno a ser desenvolvido. Uma chama armazenada e que se encontra, fisicamente, na base de nossa coluna, na região sacro cóccixgeana. Esta chama ígnea é chamada de Kundalini e espera ser desperta, através do despertar do próprio ser que a carrega.

E, afinal, com a despertamos?

Este despertar ocorre através da nossa aquisição evolutiva de consciência, operando e vigiando nossos hábitos e evitando os vícios, é uma questão de expressão de atitudes equilibradas nas nossas ações.

O outro aspecto é, que é nesta caminhada para o despertar desta chama, que nós criamos e depois temos que equilibrar o que chamamos de carma. Geramos sombra, inicialmente, por desconhecimento e inexperiência no caminhar e, através da dor que, por consequência, nos é imposta, vamos, gradativamente, ganhando experiência e errando menos, a cada nova vida vivida.

A sombra creada não é em vão, posto que quanto mais profunda ela for, mais “testa” a Tese correlata e faz com que mais intensa seja a Luz consequente. A Síntese resultante desta provação se manifesta como Luz mais intensa, quanto mais intensa for a negação (sombra) da própria Tese inicial.

Já se disse que o tamanho da sombra é o tamanho da Luz.

Por estes dois aspectos citados, podemos inferir que o nosso passaporte para a iluminação é a manifestação da Kundalini, fazendo-a sair de seu invólucro conduzindo-a pelos canais ascensionais, axiais à coluna vertebral, no corpo etérico, do indivíduo, passando pelos sete chacras principais, atualizando-os e calibrando as suas frequências de giro, até o alto da cabeça, onde se encontra o chacra coronal.

Quando atinge a frequência equilibrada e correta, acionado pela Kundalini ascendida, o sétimo chacra libera a passagem para o “FOHAT”, a energia Cósmica fundamental que desce e nos penetra e, em conjunto com a Kundalini, atualiza o asceta e o ilumina.

Este processo é gradativo e demora muitas vidas, sendo atingido mais cedo quando a atividade de “vigiar” é realizada com mais afinco e determinação, pela alma individualizada. Somos orientados pelo Mestre, até que nosso fogo arda, posto que, quando isto acontece, já somos Uno com Ele e passamos a ter nossa consciência primordial de volta e plenamente religada, pelo nosso próprio esforço.

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