O
apóstolo Tiago (em hebraico Jacob) é, no Evangelho, cognominado o Justo; foi,
depois da ascensão do Mestre, chefe espiritual da cristandade de Jerusalém,
onde morreu mártir.
A
este discípulo recomenda Jesus os outros discípulos, após a sua partida, porque
“ele está ao par das coisas do céu e da terra”, isto é, das coisas necessárias
ao homem nesta vida terrestre. À primeira vista causa estranheza que o Mestre
não tenha mandado seus discípulos ter com Tomé, que, logo no próximo capítulo
13, aparece como mais esotérico-místico de todos os discípulos. Nem Pedro, nem
João, o “discípulo amado” são mencionados por Jesus, porque, nesta ocasião,
necessitavam eles mais de alguém que os guiasse nas coisas da vida presente,
como indicam as palavras “no ponto onde estais”.
Aliás,
todo o Evangelho copta, encontrado no Egito, se move numa dimensão
transcendental, diferente dos quatro Evangelhos chamados “canônicos”; nem mesmo
Pedro goza da primazia de que os outros evangelhos o revestem. O Evangelho de
Tomé reveste um caráter totalmente espiritual, extra-terreno. Sendo que Tomé,
segundo a tradição, demandou a longínqua Índia, depois da ascensão de Jesus,
não foi o seu evangelho atingido pelo espírito dos outros, discutidos, mais
tarde, pelas autoridades hierárquicas. O Evangelho de Tomé revela um caráter
anterior à teologização dos outros Evangelhos, conservando um espírito
puramente místico, que lembra os três primeiros séculos do cristianismo.
O Universo está em constante equilíbrio. |
Comentário do Blog –
ATMAN: Por este texto temos a
certeza de estamos sendo manipulados há séculos e que nossa religação não é uma
coisa coletiva, mas individual. Tudo o que aprendemos tem a interferência da
matéria, que nos quer aqui. Não teremos sucesso se não nos rebelarmos contra
essa “escravidão” de consciência, se não agirmos individualmente, em algum
estágio de nossa manifestação e, para isso, temos que viver em coletividade,
mas evoluir solitariamente.
A revolução é interna, silenciosa, individual, enquanto que a
manifestação, dependendo do estágio do indivíduo, tem que ser, ainda, coletiva.
Temos que ter “duas caras”,
uma para o mundo e outra para nós mesmos!
Para podermos manifestar o que Tomé escreveu, temos que nos
apartar do convívio coletivo, avançando, gradativamente, para o nosso interior.
Aqui não há o que julgar, posto que, nada acontece em, eventual,
desequilíbrio, que não seja, imediatamente, equilibrado, mesmo que sem
consciência do agente equilibrador, através de uma das leis de manifestação
deste Universo Local que é a Lei da Ação e Reação, que a nossa Física material
define tão bem.
“A toda ação,
corresponde uma reação em sentido contrário e na mesma intensidade”.
Se pararmos para pensar e refletir sobre esta tese, podemos
concluir que, nada podemos fazer, posto que é imediatamente desfeito.
Isso faz sentido, posto que, tudo o que haveria de ser feito, já
está feito!
Aqui, na inconsciência da matéria, só “brincamos de fazer”!
Por favor, não contem este
“segredo” para ninguém, vai que
alguém acredita e, aí, acaba a festa!
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