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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

15 – SE VIRDES ALGUÉM QUE NÃO SEJA FILHO DE MULHER, PROSTRAI-VOS DE ROSTO EM TERRA E ADORAI-O – ELE É VOSSO PAI.



Nada menos de 82 vezes o Evangelho usa a expressão “Filho do Homem”, exclusivamente para Jesus, o Cristo. “João é o maior dentre os filhos de mulher, mas o Filho do Homem é maior do que ele”.

Em face dos relatos de Mateus e Lucas, negando a paternidade de José relativamente a Jesus, deveríamos antes esperar que Jesus fosse chamado filho de mulher. Estranhamente, porém, ele insiste dezenas de vezes no seu título predileto “Filho de Homem”. Para compreender este mistério, temos de remontar milhares de anos. Os dois citados evangelistas traçam a genealogia de Jesus através dos ascendentes de José – e depois negam a paternidade física dele. Mas essas duas genealogias – uma desde Abraão, outra desde Adão – têm a finalidade de mostrar através de que canais fluiu o elemento vital que cooperou para a formação do corpo de Jesus. Esse elemento é real, embora não material, uma vez que segundo os Evangelhos, José não teve contato físico com Maria.

Já no Gênesis estava prevista uma geração hominal em vez de animal. Os primeiros seres humanos tinham ordem dos Elohim (potências divinas) de “evolver e multiplicar-se”; mas eles se multiplicaram animalescamente, em vez de primeiro evolverem hominalmente, e por isto veio sobre eles a maldição dos Elohim, que perdura até o presente.

Também João, no seu Evangelho, fala de homens que “não nasceram da fusão de sangues nem do desejo do varão nem do desejo da carne, mas de Deus”.

No caso de José e Maria – e, possivelmente, de alguns grandes avatares – se atualizou a potencialidade da procriação hominal prevista no Gênesis. Por isto Jesus se intitula constantemente “Filho do Homem”, hominalmente gerado, e não animalmente, como outros homens, que, segundo ele, são filhos de mulher”.

No caso da misteriosa entidade de Melquisedec, não houve sequer procreação hominal, tanto assim que os livros sacros afirmam que ele não tinha “geração humana”.

A procriação genuinamente hominal parece efetuar-se, não através do corpo material, como no animal e no homem de hoje, mas através do corpo astral, ou bioplásmico, como no caso de Jesus, onde esse fator vital é chamado “sopro sagrado” e “potência suprema”.

A doutrina teológica de que Maria tenha sido fecundada pelo “Espírito Santo” é mitologia; em caso algum pode uma mulher humana ser fecundada por uma entidade puramente espiritual. O pneuma hágion, de Lucas, é o elemento vital de José, que, através das genealogias milenares referidas por Mateus e Lucas, se refinou e atuou sobre Maria no momento em que “o Verbo se fez carne”. O “esposo divino” (gabri-el) de José realizou a fecundação, razão porque Jesus se chama “Filho do Homem”, produto de uma geração 100% hominal, que, por isto é antes uma creação do que procreação. A humanidade atual só se transanimalizou do pescoço para cima, despertando a inteligência; mas da cabeça para baixo continua animal. O “Filho do Homem”, porém, é a antecipação de uma nova humanidade; e por isto devemos prostrar-nos diante dele como diante de um homem plenamente realizado.



Comentário do Blog – ATMAN: Aqui temos mais uma evidência que o Quinto Avatar veio nos dar o presságio da nova civilização. Uma nova e evoluída raça, onde nos afastamos cada vez mais da polaridade difusa que se consubstancia na antítese da Fonte Creadora. Ao nascermos do Homem, não passamos pela fase do animal. Não necessitamos da contraparte de gênero para procriarmos. Apenas nascemos de nós mesmos, sem antíteses, posto que síntese, já nos tornamos. É o caso de Joshua Ben Pandira ou Jesus, o Cristo, o nascido de si mesmo. Teorias nos levam a crer que Maria seria a própria contraparte feminina de Jesus, avatarizado num corpo feminino, inicialmente, e pronta para gerar sua oposição masculina, num outro corpo, ou seja gerar um Avatar, o primeiro ser síntese desde a queda da humanidade na inconsciência. Sendo Ele o caminho, a verdade e a vida, é, ainda, o Modelo a ser seguido por aqueles que querem ser unos consigo mesmos. O reconhecimento de nossa origem na Fonte, nos leva à Fonte. Os filhos de mulher são, ainda, inconscientes de sua Fonte Creadora. Os filhos do Homem, são filhos, conscientes, da própria Fonte. Buscai dentro de si próprios a Fonte de sua origem e tornai-vos unos com Ela. Este é o caminho da iluminação.

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