Palavras
análogas aparecem em diversos Evangelhos.
Quando
desperta no homem o Cristo interno, logo o ego humano se revolta contra o Eu
divino, tentando impedir uma “subversão”; porquanto, como diz a Bhagavad Gita,
o ego é o pior inimigo do Eu, embora o Eu seja o melhor amigo do ego. Sendo que
o ego anticrístico é “o dominador deste mundo, o poder das trevas”, sendo que o
ego “tem poder sobre vós” – é inevitável que o homem profano não tolere ser
deposto do seu governo pelo homem sagrado, mobilizando contra o homem Crístico
todas as hostes anticrísticas. Nenhum ego mental tolera a transmentalização, a
soberania do Eu espiritual; toda a estratégia do Anticristo é uma guerra contra
o Cristo em todas as frentes. O Cristo é considerado como um invasor ilegal nos
domínios do Anticristo.
E,
não raro, essa guerra do ego contra o Eu se projeta também para o plano externo
e social, dentro da mesma família, quando em alguns dos seus membros o Eu Crístico
já despertou, e em outros continua a dormir. Neste sentido afirma Jesus: “Os
inimigos do homem são os seus companheiros de casa”.
Inúmeras
experiências na vida de cada homem comprovam essa discórdia entre pessoas da
mesma família. O ego só conhece parentesco carnal, nada sabe de afinidade
espiritual. Ou, no dizer de Paulo, “carne e sangue não podem herdar o Reino de
Deus”.
E
então os homens cristificados se sentem como solitários no meio de um mundo
anticrístico. Mas, a sua solidão é uma solidão profundamente feliz.
Comentário do Blog –
ATMAN: A evolução espiritual é
solitária, havendo pouco a acrescentar no texto acima. Posto que diversas
religiões falam do eterno conflito entre o ser irreal e o Ser real. Tal
conflito gera a energia necessária para manter existindo o plano físico. Esta
energia, controlada, nos leva pelo caminho, através do atrito, entre a sola de
nossos pés e a estrada.
A 4ª. Cadeia planetária, ou cadeia terrestre, é, também, a
cadeia do 4º. Raio de manifestação, a harmonia, através do conflito e é,
com o 4º. Chacra, o cardíaco, que temos que lidar, para remediar, intermediar e
equilibrar o conflito, atingindo a união dos opostos. Só mesmo com a chama
verde do Amor, que verte de nosso cardíaco, quando equilibrado, podemos acalmar
o caos involutivo existente no cerne do ego e convencê-lo a seguir o caminho
irrefutável de seu verdadeiro Eu.
As novidades da evolução espiritual fazem o ego reagir,
violentamente, a qualquer mudança proposta pela alma e que o levem a se
dissolver Nela. As reações, em princípio são individuais, mas, aos poucos a
Matrix social e cultural, do ego da humanidade, cria uma guerra para destruir a
ameaça.
São poucos os que conseguem ascender, sendo compreendidos pelos
seus pares. Em geral surge um conflito quando um membro de uma família, de um
clã, ou mesmo de um grupo religioso decide fazer seu, o caminho e comunica o
fato aos demais.
Mas no plano espiritual não existe a dualidade e a matéria, ao
tentar interferir, cria o trampolim para aquela alma se impulsionar rumo à
iluminação.
É mais uma vez a antítese, anticrística, realizando seu papel de
levar a Tese à Síntese.
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